A esperança que me move tem gosto de mel. A doçura que me candeia vem dela, e de tudo aquilo que eu posso me tornar no porvir, ainda que o hoje tenha maior relevância.
Na fase atual da minha vida, essa incrível aventura instável-imprevisível-surpreendente característica dos 20 e poucos anos, me preocupo mais com o presente do que com a colheita em si. Mas, pra me manter sã durante o momento do plantio, eu sinto a necessidade de me conectar com as expectativas de um futuro não tão distante, ainda que tal atitude possa desencadear grandes frustrações: quanto mais alto se sonha, maior a queda, eles dizem.
Mas o “e se…” sempre me deixa com a pulga atrás da orelha. E se der certo? E se, como diz a famosa citação, antes da queda eu aprender a voar? Pois as asas eu já tenho, só não sei como utilizar.
O que me move e me faz continuar é a beleza do aparentemente inalcançável, a tentação diante dos meus olhos – e imaginação – de ter todos os meus sonhos ao meu alcance. Querer tocar o impossível faz parte do que sou. Uma mistura de realidade e utopia: eu sonho acordada mesmo mantendo os pés no chão.